O texto a seguir foi elaborado para a comemoração dos 60 anos de vida religiosa de Irmã Petronilla Isonni, realizada no dia 05 de agosto de 2005. Nesse dia estávamos todos lá, amigos, colaboradores, irmãs salesianas, pessoas da comunidade, jovens e especialmente as crianças do Lar da criança Domingos Sávio. A missa foi celebrada por Padre Batista, missionário piamartino, e concelebrada pelo Padre Antônio Gomes, salesiano, na paróquia Jesus Maria e José – Vila União – Fortaleza – Ceará.

Acreditamos que educadoras do Lar da Criança produziram este texto com a colaboração de Irmã Petronilla.



Aos 13 de fevereiro de 1923 nasceu em Ossimo – Breschia – Itália, uma menina bela e de personalidade forte, de nome Petronilla Isonni, filha de Angela Zani e Pietro Isonni.
Ainda na infância sente satisfação de viver para ajudar o próximo. Aos 18 anos de idade sente-se chamada para a vida religiosa consagrada, em especial para a vida salesiana. Logo, ingressa no aspirantado salesiano, localizado na cidade de Turim – Itália, onde vida experiências profundas de Deus e se prepara para assumir sua missão. Corajosa e determinada e com muita oração e sacrifício, percorre todas as etapas da formação (aspirantado, postulantado, noviciado), deixando crescer em si mais e mais o amor por Jesus.
Logo após a segunda-guerra mundial, no dia 06 de novembro de 1946 sai da Itália em missão para o Brasil. Chega aqui em 06 de dezembro do referido ano. Foram 30 dias de viagem em um navio mercantil alexandrino.

Estando no Brasil, esteve nos seguintes lugares e realizou as respectivas atividades:
* Fortaleza – Ceará: Colégio Juvenal de Carvalho – Assistente e professora de Ciências da natureza e religião;
* Baturité – Ceará: Colégio Nossa Senhora Auxiliadora – Professora de Ciências da natureza, religião, educação física, biologia e química.
* Petrolina – Pernambuco: Professora de Ciências e responsável pela catequese na paróquia da referida cidade.
* Tapuriquara – Amazonas: Como diretor, fundou a Escola Maria Auxiliadora para índios;
* Barcelos – Amazonas: Diretora.
* Várzea – Recife – Pernambuco: Professora de Ciências da natureza e religião.
* Carpina – responsável pela catequese da paróquia da referida cidade, ecônoma da casa das postulantes e professora de religião;
* Fortaleza – Ceará – Casa Irmã Maria Tereza: Assume a coordenação da catequese na Paróquia Jesus, Maria e José (Vila União) e atua também junto a grupo de jovens, doentes e vocacionados.


Em 1988, com apoio encorajador da Madre Geral das irmãs salesianas, Irmã Marinella, fundou o Lar da Criança Domingos Sávio, uma obra muito querida e abençoada, onde várias crianças são acompanhadas, acolhidas e amadas de acordo com o sistema preventivo de Dom Bosco e o carisma de Madre Mazzarello.


Em 2005, nos seus sessenta anos de idade, celebrou com alegria as graças de Deus e Maria Auxiliadora. Foram 60 anos de amor, vida e doação.


Irmã Petronilla faleceu em 19 de novembro de 2007, após 61 anos de atuação missionário no Brasil.

Padre Abel, então pároco do Vila União, saudando Irmã Petronila por seus 60 anos de vida consagrada aos jovens e crianças.



Redes de solidariedades

Petronilla e os jovens

Irmã Petronilla e as vocações


Este é um grupo de jovens vocacionados acompanhados por Irmã Petronilla. Estamos no Seminário da Prainha - Fortaleza - Ceará. Ano de 1988.
Não recordo de todos os nomes... Andréia, Cristiano, Gilmar, Eu, Eliane, Kelma, Wagner, Luciene, Kátia e Kelly Patrícia.

Participávamos do encontro diocesano vocacional! O nosso primeiro encontro nessa modalidade, talvez!

Nossos encontros aconteciam em dias de sábado, de manhã, na Casa Irmã Maria Tereza. Neles ouvíamos as mensagens de Petronilla, suas histórias enquanto missionária, as histórias sobre Dom Bosco, Madre Mazzarello e outros santos salesianos, especialmente Laura Vicuña e Domingos Sávio. As biografias dos santos eram transmitidas em slides, ao som de velho gravador. Outras eram apresentadas por meio de livros. Não posso esquecer também das aulas de italiano.

As idas para o grupo vocacional aconteciam ao lado de Kelma. Por essa razão pude me aproximar dela, ser seu amigo. Aos poucos fui frequentando sua casa, conhecendo sua família. Lá joguei pela primeira vez vídeo game, ouvíamos Padre Zezinho (Vocação), assistíamos filmes de ação e religiosos, tomávamos milk shake, ouvíamos as boas palavra de Dona Margarida...A casa de Kelma foi se tornando aos poucos o segundo ponto de encontro dos vocacionados. Nela é que surgiu a idéia de criarmos um ministério de música, o Sagrada Família. Era outubro de 1987.

A partir deste grupo surgiram muitas iniciativas. Enquanto jovens e estimulados por uma espiritualidade sólida, transmitida por Ir. Petronilla, acreditávamos que podíamos tornar o mundo um pouco melhor.

Todos os nossos projetos eram ponderados e apoiadas por Ir. Petronilla. Nosso grupo foi acolhido também pelo Padre Frota, pároco do Vila União (Paróquia Jesus, Maria e José). Passamos a animar as missas aos domingos à tarde. Tão empolgados com essa idéia resolvemos criar nossas próprias músicas. As primeiras foram paródias, depois músicas que procuravam expressar nossa fé.

Cristiano, Pedro, Kelma, Kelly e Luciene foram os primeiros integrantes do Sagrada Família. Kelly dizia que ia participar do grupo só até quando conseguíssemos uma pessoa para tocar violão. Mas mesmo com a entrada do Pedro no grupo, ela foi ficando e tornou-se nossa principal compositora.

De nossas iniciativas nesse grupo, com o apoio de Petronilla, a que mais marcou foi a realização da I Páscoa dos Jovens. Por meio dele mobilizamos muitos jovens durante quase uma semana, realizando palestras e apresentações culturais na paróquia.

Petronilla entre os jovens

A primeira vez que vi Irmã Petronilla?!... Estava ela no meio de um grupo de jovens, na Casa de repouso Irmã Maria Teresa. Aquele momento, estando na condição de observador, despertou significativamente a minha atenção. É como se quisesse estar entre eles, participando daquele diálogo.
Era um domingo, dia em que ia, junto com meu amigo Paulo, para o grupo de Jovens. Como era muito novo, participava do grupo de adolescentes chamado Canal-C (Comunidade de Adolescentes Nascendo no Amor Leal a Cristo). Paulo, bem mais velho que eu, particiva do Águias Cristãs, o grupo para os jovens.
Não recordo quanto tempo demorou para chegar perto de Petronilla. Nesse sentido, tudo foi acontecendo espontaneamente.
Não perdia um só domingo. Eram dias muito especiais.

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